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Lombalgia Ocupacional

Lombalgia Ocupacional

Wanessa Karoline de Souza Correia


Universidade Católica de Pernambuco

 

Contato: wanessakaroline@gmail.com

 

É uma dor localizada na região inferior da coluna, em uma área situada entre o último arco costal e a prega glútea; e é responsável pela inabilidade no trabalho de diversos indivíduos e de várias idades, sendo mais observada em idades de acima de 40 anos. (ALENCAR, 2001)

O Fenômeno das lombalgias atinge atualmente níveis epidêmicos, tendo a sua incidência aumentando significativamente desde a última metade do século XX. (BRANCO et al, 2003)

Os problemas relacionados a coluna vertebral atingem grande parte da população mundial, é difícil encontrar algum indivíduo adulto que nunca tenha apresentado pelo menos um episódio de algia vertebral. (SILVA, 1999)

A dor lombar constitui uma grande causa de morbidade e incapacidade, sendo sobrepujada apenas pela cefaleia, na escala de distúrbios dolorosos que afetam o homem. Apesar da ergonomia aplicada a coluna vertebral e do uso de sofisticados métodos diagnóstico, na ultima década, as lombalgias tiveram um crescimento 14 vezes maior que o crescimento da população.

Toscano e Egypto (2001) definem lombalgia como sendo um sintoma referido na altura da cintura pélvica, podendo ocasionar proporções grandiosas.

Por sua vez, Viel (2001) afirma que são incapacidades que perturbam a vida do paciente e o fisioterapeuta deve remediá-las o mais rápido possível, por conselhos e modificações de gestos, assim como por atos terapêuticos.

As incidências estão mais presentes quando o trabalhador está exposto a certos fatores de risco no trabalho, como: erguer pesos ou fazer força nos movimentos, rotações/inclinações de tronco repetitivas, vibrações, más posturas, e postura estática prolongada. Muitas vezes observam-se incidências, mesmo quando os trabalhadores não estão necessariamente expostos à estes riscos, o que leva à um questionamento sobre a presença de outros fatores influentes. (ALENCAR, 2001)

A lombalgia é uma disfunção frequente em trabalhadores que causa diminuição da qualidade de vida, produtividade, incapacidade funcional, é freqüentemente o afastamento dos postos de trabalho.

A lombalgia afeta com maior frequência a população em seu período de vida mais produtivo, resultando em custo econômico substancial para a sociedade. (BRIGANO, 2005)

Pelos elevados índices de prevalência, morbidade, diminuição de produtividade, absenteísmo e incapacidade para o trabalho, as lombalgias são consideradas um dos grandes problemas de saúde pública dos países industrializados. Entre 10% a 20% dos casos de lombalgias evoluem para um quadro crônico, os quais são responsáveis pela maior parte dos custos associados às doenças ocupacionais. (ABREU et al, 2008)

Silva et al (2004) levantou a hipótese de que existem diferenças nos fatores ergonômicos para a lombalgia que pode estar definidas tanto por tipos específicos de exposição quanto por intensidade.

O mesmo autor ressaltou que o aumento da idade é fator de risco para a lombalgia, devendo assim haver uma redução gradual de exposição a cargas ergonômicas.

Usualmente associam à lombalgia as atividades de grande esforço físico tais como levantamento e transporte de carga, o que traz consequências danosas à coluna vertebral de forma traumática e mais rápida. (SILVA, 1999)

A lombalgia continua sendo uma desordem musculoesquelética muito comum em trabalhadores. Mesmo com estudos ergonômicos trazendo importantes considerações, as investigações sobre fatores de risco ainda permanecem inconclusivos.